Falar de Santa Teresinha é falar sobre simplicidade e profundidade ao mesmo tempo. O que chama atenção aos autores teresianos, é sua maturidade humana e espiritual, comparada às crianças e adolescentes de sua idade. O sentido da sua vida consiste em amar Jesus, desde a tenra infância e cumprir sempre Sua Vontade.
Pequenas atitudes feitas com amor como pegar uma agulha no chão, ajudar uma irmã idosa a se locomover, varrer a capela, até atitudes honrosas como não desculpar-se por algum erro que não cometeu, silenciar diante de repreensões ou simplesmente escolher estar perto das irmãs mais solitárias na hora do recreio, sorrir e fazer favores às irmãs mais desagradáveis e antipáticas fazem parte do cotidiano da Santa.
A dimensão apostólica alarga-se quando afirma ter em seu coração “desejos imensos”, querendo ser mártir, apóstola, missionária, sacerdote, oferecendo cada batida do seu coração e afazeres, em favor da conversão dos pecadores e da salvação das almas. Percebe então que a única maneira de viver seus anseios é oferecendo-se como holocausto de amor. Sua ousadia e coragem leva-a a trilhar os mesmos caminhos de calvário e sofrimento que Jesus viveu, para assemelhar-se em tudo com Ele.
Outra característica de seu apostolado é a inabalável confiança e abandono que tem em Jesus, afirmando que mesmo que viesse a cometer os maiores pecados possíveis, ainda assim, confiava e se lançava nos braços do Pai, pois sabia que o Coração de Jesus é um ardente braseiro de amor e misericórdia e não negaria um abraço de um filho arrependido.
Santa Teresinha morreu aos 24 anos de tuberculose. Às vezes, quando tossia repetidas vezes, de seu peito saia ruídos roucos e brincava que o barulho assemelhava-se a uma locomotiva velha, arrastando-se. Assim, trazia alegria e bom humor mesmo em meio a lágrimas. Poucos dias antes de morrer, pronunciou essas frases: “quero passar meu céu fazendo o bem sobre a terra” e ainda “agora vai começar minha missão…a missão de fazer o bom Deus amado como eu O amo!”.
Referência bibliográfica: LIMA, Héber Salvador de. A Porta Estreita de Santa Teresinha. 1. ed. São Paulo, Brasil: Loyola, 2001. 171 p.
Por: Waleska Bezerra – Consagrada RV