
Começamos um novo ano, e com ele também se renovam as nossas esperanças!
Como todo início de uma realidade nova, assim também o começo de um ano novo é movido por metas, objetivos, retomadas, desejos, projetos. Porém aquele que sabe de quem é filho não vive como um barco à vela à deriva no mar da vida, ao sabor dos ventos e tempestades, sendo impulsionado apenas por realidades sensíveis ou por necessidades naturais. Ele está atento aos desejos que o transcendem, que ultrapassam o seu entendimento e que o direcionam para o que é eterno.
A Sagrada Família de Nazaré muito tem a nos ensinar sobre isso!
Deus quis nascer de uma mulher. Isto era novo na história da humanidade. Maria não tinha nenhuma referência histórica ou mesmo familiar que explicasse como criar o Filho de Deus.
Há um fato preponderante nesta história: o abandono total em Deus. Fugiram para o Egito, depois retornaram a Israel, mas não para a terra natal, mas Nazaré. Nossa Senhora e São José não se planejaram para receber Deus entre eles. Pelo menos não nos moldes que conhecemos hoje. Não fizeram um enxoval, chá de bebê, avisaram a todos… A fuga para o Egito, por exemplo, se deu durante a noite. Assim, como se diz, fugiram apenas “com a roupa do corpo”.
Maria e José e ambos em quem se apoiar. Entregaram-se livremente. Abandonaram o medo, as preocupações e as angústias nas mãos de Deus. Seus planos estavam alinhados aos de Deus Pai.
Assim, a história do nascimento de Jesus Cristo e da Sagrada Família nos adverte sobre como nós, cristãos, devemos agir em nossa história. Devemos sim fazer planos, ter metas, objetivos. Mas mostra-nos principalmente o quanto devemos não apenas entregar estes planos a Deus, mas clamar com confiança para que “seja feita a Sua vontade, assim na Terra como no Céu” (Mt 6,9b) conforme rezamos na oração do Pai-Nosso. E mais ainda. Trazer Jesus para o centro da família, pois é Ele a certeza que tudo dará certo no final.
Submeter-se à vontade de Deus é, por muitas vezes, receber o oposto do que esperávamos, tal qual a Sagrada Família que talvez tivessem imaginado que após o nascimento do Menino-Deus voltariam a Galileia para criá-Lo, e ocorreu exatamente o oposto.
Submeter-se à vontade de Deus é ter fé, “o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1), de que a vontade do Pai é que cresçamos, amadureçamos ao longo da caminhada peregrina aqui na Terra.
Finalmente, sejamos humildes em reconhecer que, por mais que tracemos planos e façamos planejamentos, sejam para um mês, um ano ou uma vida, faz-se necessário humilhar-se diante de Deus e Dele aguardar em seu tempo, como nos ensina nosso Primeiro Papa: “Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós” (I Pd 5,7).
Sagrada Família de Nazaré nos ensina a acolher as bençãos de Deus a confiar que Ele permanece conosco em cada tempestade. Neste início de ano, vamos confiar nossos planos, sonhos e medos à Sagrada Família de Nazaré e clamar que Jesus, Maria e José nos ensinem a confiar plenamente em Deus. Clique aqui para se inscrever no retiro de consagração do ano à Sagrada Família proposto pelo Hozana.
Wellington de Almeida Alkmin, pelo Hozana