Amar é a vocação natural do ser humano

Viver como irmãos e irmãs é um belíssimo dom de Deus, mas é também uma tarefa exigente. Precisamos compreender o valor e a beleza da fraternidade humana.

E se nessa Quaresma o nosso principal foco fosse: amar uns aos outros com aquele amor que Cristo nos ensinou ao se doar na Cruz.

Amar não deveria ser um esforço para nós, mas deveria ser algo natural, porque Deus nos fez para o amor. Em primeiro lugar, Deus é amor! E se partimos do princípio de que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, logo concluímos que somos a imagem e semelhança do amor, portanto, somos amor. Somos capazes de amar, somos feitos e capacitados para isso.

Mas para cumprir essa vocação, que também nos é apresentada por Jesus como um mandamento, nós precisamos entender, antes de tudo, que amar não é gostar. Temos a tendência de amar aqueles que nós gostamos, aqueles que nos fazem bem e isso é bom, mas o nosso amor deve ser devotado também às pessoas que nós não gostamos e até mesmo aquelas que nos fazem mal. É por isso que escutamos Jesus dizer, amai os vossos inimigos. É prazeroso amar a quem gostamos, mas o amor está acima do prazer, o amor é uma decisão que se toma livremente e no desejo profundo de responder à nossa vocação. Diz Santa Teresa de Calcutá: “As pessoas boas merecem nosso amor, as pessoas ruins precisam dele”. Talvez um gesto desinteressado e pleno de amor possa transformar totalmente o coração e a postura daquela pessoa que me é desagradável, mas isso passa pela minha decisão.

Amar o próximo como a si mesmo se torna mais fácil à medida em que compreendo e aceito que amar o próximo é também uma forma de me amar, porque o próximo e eu somos um. São Paulo nos diz nas suas Cartas que somos o Corpo de Cristo e por essa afirmação conseguimos entender mais facilmente que amar o próximo como a si, é amar o corpo do qual eu sou membro. Respeitar o próximo e ajudá-lo para que ele se realize na sua função faz bem ao corpo inteiro, inclusive a mim mesmo. Quando amo o próximo acabo fazendo o bem a mim. Só assim o corpo será sadio e todos os seus membros estarão em paz.

Que o mandamento do amor hoje nos lembre e nos convença que somos capazes de amar e que é no amor a Deus e ao próximo que encontramos nossa razão de existir.

Cabe a cada um de nós promover uma real cultura do encontro, do amor e do acolhimento. Reze conosco aqui!

Padre Felipe Zanotto, pelo Hozana

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